quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

6 importantes causas animais para defender em 2015

(Foto: Forsakenfotos/Creative Commons)

Países que baniram o uso de animais em testes de cosméticos, lugares onde a utilização de carroças puxadas por bichos passou a ser crime… 2014 foi um ano de comemorações para os ‘protegidos de São Francisco’ e, pouco a pouco, consolida-se no mundo uma nova maneira de pensar a respeito dos direitos dos animais.
A guerra, no entanto, não está ganha e ainda há muita luta pela frente. O site de notícias animais The Dodo publicou uma lista com seis causas que devemos ficar de olho nos próximos 12 meses – para que 2015 seja mais um ano de comemorações para os bichinhos. Vale ficar de olho!

1. BANIR O USO DE ANIMAIS EXÓTICOS EM CIRCOS
Os bichos não estão no mundo a serviço dos homens e usá-los como instrumento de diversão não pode ser considerado nada menos do que absurdo. Animais que trabalham em circos apresentam inúmeros problemas de saúde – físicos e psicológicos – e ainda são protagonistas de incidentes que colocam em risco a vida do público – e quem pode culpar os bichinhos?
Por isso, já passou da hora de banir o uso de animais exóticos em circos. Aliás, o The Greenest Post ousa incrementar, ainda mais, a meta do The Dodo: que em 2015 passe a ser proibido o uso de qualquer animal – exótico ou não – nos circos mundo afora. Países como Bolívia, Grécia, Peru e Holanda já possuem leis que proíbem bichos em apresentações circenses. Mas muitas nações ainda precisam acordar para o problema. Entre elas, o Brasil: alguns Estados já sancionaram leis que banem a prática em seus territórios, mas ainda não temos nenhuma lei nacional para o assunto. E aí, Congresso?
2. PROIBIR O USO DE ANIMAIS EM TESTES DE COSMÉTICOS
Todos os dias, em laboratórios espalhados pelo mundo, animais estão sofrendo e morrendo para testar cremes para pele, tinturas de cabelo, batons e uma série de outros produtos cosméticos não-essenciais. E, tudo isso, desnecessariamente, já que está mais do que provado que existem técnicas alternativas (e livres de sofrimento) que podem substituir a prática.
O fim do uso de animais em testes de cosméticos é tão possível que países como Índia e Israel e os 28 Estados-Membros da União Europeia já possuem leis que proíbem a prática em seus territórios. O Brasil, mais uma vez, está atrasado. Por aqui, há apenas leis estaduais – como a de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Enquanto uma medida nacional não é sancionada, fique de olho nos rótulos dos cosméticos que você usa e compre, apenas, produtos livres de crueldade animal.
3. ACABAR COM OS MAUS-TRATOS AOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO
A lista do The Dodo menciona, apenas, as condições de crueldade a que os porcos são submetidos, mas o The Greenest Post estende o protesto para todos os animais de produção. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), 67 bilhões de porcos, aves e vacas são expostos, anualmente, a condições de crueldade para a produção de carne, ovos e laticínios, o que coloca esses três bichos nas primeiras posições do ranking dos animais que mais sofrem maus-tratos em todo o mundo. E a tendência é piorar, já que estima-se que a produção de carne e leite dobre até 2050.
Não precisa ser assim. Esses animais podem (e devem!) ser tratados com mais dignidade, por isso vale ficar de olho nas práticas das empresas que você ‘patrocina’ ao comprar produtos e cobrá-las para oferecer maior bem-estar aos animais. Marcas como McDonald’s e Burger King já prometeram, por exemplo, que vão eliminar gradualmente as celas de gestação que impedem as porcas grávidas de se mexer. Vale ficar de olho!
4. IMPEDIR A PESCA DE GOLFINHOS NO JAPÃO
A pesca de golfinhos em Taiji, no Japão, para comercialização de sua carne, é alvo de críticas há anos e já foi até tema do documentário ganhador do Oscar The Cove (A Enseada, em português). Mesmo assim, a prática continua – e (pior!) aumenta. Na última temporada de pesca, entre setembro de 2013 e janeiro de 2014, cerca de 250 animais foram mortos: uma das maiores chacinas registradas nos últimos quatro anos, segundo a ONG Sea Shepherd.
E a tendência é piorar, já que os japoneses não veem problema na prática. De acordo com eles, caçar golfinhos é uma tradição do país que deve ser respeitada. E mais: os críticos estrangeiros seriam hipócritas, uma vez que também consomem diversos tipos de carne. O The Dodo discorda e aconselha aqueles que pensam da mesma maneira a se mobilizar contra a prática, a fim de evitar o início da próxima temporada de pesca, em setembro. A ideia é procurar as embaixadas do Japão no Brasil para mostrar indignação pela caça desses animais. Veja aqui os contatos.
5. ACABAR COM AS ‘FÁBRICAS’ DE REPRODUÇÃO DE FILHOTES
Conhecidas como puppy mills (fábricas de filhotes, em português), os centros de reprodução em grande escala de cães e gatos já não fazem o menor sentido em pleno ano de 2015. Segundo a The Dodo, muitos desses lugares expõem os bichinhos a situações de crueldade – como, por exemplo, deixá-los engaiolados o dia todo – e ainda sacrificam os filhotes que por velhice ou doença perdem valor de mercado.
Com tantos bichinhos à espera de um lar em abrigos espalhados por todo o Brasil, por que comprar um filhote? Não patrocine essa indústria. Adote!
6. APOSENTAR AS ORCAS DO SEAWORLD
Definitivamente, 2014 não foi o melhor ano do SeaWorld. Uma série de protestos de defensores de animais levou novamente à discussão nos tribunais a proibição da performance de baleias orcas na Califórnia, onde atua a empresa de entretenimento. Se a medida for aprovada, o SeaWorld terá de repensar a forma como ‘diverte’ seu público. Mas para que esperar?
Ficar preso é terrível para nós, seres humanos. E com as orcas não é diferente! Os animais usados nos shows do SeaWorld para divertir o público são capturados na natureza ainda bebês ou já nascem em cativeiro e estão fadados para sempre a viver em tanques de concreto. O que tem de divertido nisso, afinal? Se você é contra esse tipo de prática, assim como o The Dodo e o The Greenest Post, assine petição e entre em contato diretamente com o SeaWorld para pressioná-lo a aposentar sua orcas e mandá-las para santuários em mar-aberto.

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