Na Revista Bula saiu uma reportagem bem interessante sobre a visão que eles tem sobre quem maltrata animais! E nós do MLV compartilhamos desse pensamento, ate mesmo quando falam da Baleia de Vidas Secas, quem não chorou com sua morte? ='(
Na matéria, eles comparam o agressor de animal a um potencial criminoso. Citam o trabalho de mestrado de um coronel, ja conhecido por aqui, O Coronel Robis! Lembram dele? Então, na tese dele diz que muitos dos agressores de animais já se envolveram em outros crimes. E sua pesquisa foi inspirada num estudo americano, onde pesquisadores constataram que serial killers registravam em comum um histórico de agressão a animais.
Para nós, agredir de qualquer forma um animal é um grave desvio de caráter! NÃO CONFIE EM QUEM MALTRATA ANIMAL! Nós desculpem os cowboys, adestradores que utilizam de métodos de medievais, dirigentes de zoológicos que permitem ou pior não dão meios para que os bichos sejam bem cuidados, mas boa pessoa vocês não são!
Na matéria, eles comparam o agressor de animal a um potencial criminoso. Citam o trabalho de mestrado de um coronel, ja conhecido por aqui, O Coronel Robis! Lembram dele? Então, na tese dele diz que muitos dos agressores de animais já se envolveram em outros crimes. E sua pesquisa foi inspirada num estudo americano, onde pesquisadores constataram que serial killers registravam em comum um histórico de agressão a animais.
Para nós, agredir de qualquer forma um animal é um grave desvio de caráter! NÃO CONFIE EM QUEM MALTRATA ANIMAL! Nós desculpem os cowboys, adestradores que utilizam de métodos de medievais, dirigentes de zoológicos que permitem ou pior não dão meios para que os bichos sejam bem cuidados, mas boa pessoa vocês não são!
Segue a matéria citada. LEIAM, vale a pena!
Ou vejam pelo site
"Sempre considerei os maus tratos aos animais uma
das piores atrocidades que o ser humano pode cometer. Tanto que a morte da
cadela Baleia, narrada num dos capítulos do clássico “Vidas Secas”, foi para
mim uma experiência terrificante — ainda mais quando descrita pela pena de um
gênio como Graciliano Ramos.
Animais não podem defender-se sozinhos. Ficam
reféns dos homens, da sua crueldade. Nem mesmo entendem por que apanham. Veem o
seu dono e pensam logo em alguém que lhes há de dar amor, carinho, atenção. Que
surpresa desagradável, então, é levar uma bordoada, um chute ou qualquer outro
tipo de ataque. Quem bate não faz ideia de como sofre o animal. Quem bate não
percebe como, pouco a pouco, a agressividade contamina-o.
Não é preciso ser um especialista para intuir a
covardia daquele que maltrata um animal. Seja de que espécie for, a violência é
censurável. É covarde quem espanca um cão doméstico com uma vassoura, ou deixa
o gato a passar fome por miar demais. É igualmente covarde o dono do circo, que
deixa o leão preso na jaula — doente, a definhar — ou que adestra o elefante
espancando-o com uma vara de pau. Doméstico ou selvagem, pouco importa: a
violência contra os animais é inaceitável.
Penso nas leis e fico sabendo que o direito os
considera meros objetos. Mas que objetos são esses que nos trazem tanta
alegria, tanta felicidade? Quem alguma vez supôs que uma panela pudesse ser sua
companheira? Quem alguma vez viu um relógio abanar o rabo? E no entanto é comum
ver o sujeito que sevicia um animal dar um tratamento de filho ao seu
automóvel.
Por falar em carro, outro dia peguei uma carona
com uma amiga. Saíamos do trabalho. Eu a aviso para desviar do buraco:
“Cuidado, pode empenar a roda”. “Ah, nem me fala”, ela responde. “Já tive
problemas demais quando atropelei uma cadela a caminho da universidade.” Então
a interrompo antes que prossiga com a narrativa. Procuro mudar de assunto.
Finjo existir outro buraco. Não havia. Queria mesmo era impedi-la de dizer-me
os detalhes; recusava-me, por julgar demasiado doloroso, a imaginar o
atropelamento. Quantos cães e gatos são atropelados todos os dias no trânsito
violento do nosso País? Essa é uma estatística inexistente. Porque animais são
objetos — e objetos são descartáveis. Podem ser para o direito e suas frias
leis. Não o são para mim.
Mas o agressor de um animal não é apenas um
covarde. É também um potencial criminoso. Pelo menos é o que revela a pesquisa
feita pelo chefe de operações da Polícia Militar Ambiental de São Paulo,
capitão Marcelo Robis Nassaro. Em sua dissertação de mestrado, ele analisou os
dados daqueles que foram autuados por maus-tratos a animais. Descobriu então
que muitos dos agressores haviam se envolvido em outros crimes. Na verdade, seu
estudo inspirou-se noutro, realizado nos Estados Unidos, quando pesquisadores
constataram que serial killers registravam em comum um histórico de agressão a
animais.
No Brasil, há exemplos emblemáticos de violência
contra os bichos. Tivemos o caso da enfermeira que espancou seu cachorro da
raça Yorkshire até a morte. Tivemos também o caso do prefeito de Santa Cruz do
Arari, no Pará, que autorizou o extermínio dos cães da cidade, o que era feito
da maneira mais cruenta possível. E o que dizer dos assassinatos de touros
neste evento estúpido que atende pelo nome de tourada? Que dizer das festas de
peão, com rodeios promovidos à custa da sevícia de bois e cavalos?
No fim, a lição que fica das pesquisas, bem assim
dos tristes exemplos que recordei, é uma só: as agressões contra os animais
constituem o primeiro estágio na escalada do crime. Quem põe um galo para
brigar até a morte numa rinha, quem quebra as asas de uma ave, quem fustiga um
jumento com o junco está a um passo da mesma covardia que acomete aquele que
espanca uma mulher, que sevicia uma criança, que toma em mãos um revólver
disposto a matar. Em todos esses casos, sobra sangue frio, falta respeito à
vida. A violência é a mesma."
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