quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aves apreendidas: esperança de soltura

     Dos animais silvestres vítimas do tráfico a maioria, cerca de 80% são aves (dados da Polícia Ambiental de São Paulo). Infelizmente, em muitos CETAS (centros de triagem de animais silvestres) esses animais acumulam-se em um aglomerado de gaiolas, e ali ficam presos, estressados, expostos a doenças, perecendo por falta de liberdade.

Cetas de Recife.
Foto: Fauna News; Globo

     Medidas precisam ser tomadas em prol da destinação adequada destes animais. Os animais apreendidos em bom estado de saúde devem ser soltos na natureza, em local adequado que permita alimentação, reprodução, enfim, a vida digna que eles merecem. Para tanto, é necessário estudar a ecologia das possíveis áreas de soltura, e realizar um trabalho de “aclimação”, ou seja, acostumar o animal ao ambiente natural. 

Trabalho de soltura realizado pela ONG SOS Fauna
Foto: SOS Fauna

     O trabalho de soltura não tem sido feito, tem sido feito de maneira precária pelos órgãos responsáveis. Nessa segunda-feira, 25 de novembro, vislumbramos uma luz no fim do túnel.  A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA) e a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE BRASIL), assinaram convênio que une esforços para a soltura e o monitoramento de aves que ficam mofando nos CETAS apreendidas, resgatadas ou entregues espontaneamente, em áreas cadastradas. Essa medida faz parte do Programa Estadual de Destinação e Combate ao Tráfico de Animais Silvestres.

     A soltura é importante tanto para o animal quanto para o ambiente, pois, em liberdade o animal dispersa sementes, aumentando a quantidade de plantas brotando. Além disso, ao se reproduzir em vida livre, aumenta a diversidade genética da espécie. Os animais em conjunto desempenham melhor seu nicho ecológico.

     Nosso desejo é que todos os animais saudáveis ganhem a liberdade. Cabe a nós, cidadãos, fiscalizar a eficiência e a legitimidade dessas ações. Fiquemos todos de olho na Secretaria do Meio Ambiente. 

Movimento Liberdade à Vida.


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