Nova espécie de serpente brasileira é descoberta em MG
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Time de pesquisadores brasileiros achou o pequeno réptil no Parque
Nacional da Serra do Cipó, uma região de rica biodiversidade, que abriga
três biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica
Matéria original : Planeta Sustentável
Pesquisadores de três instituições brasileiras encontraram nova espécie de serpente, Atractus spinalis, embaixo de rochas e cupinzeiros do Cerrado,
na Serra do Espinhaço, que abriga grande diversidade biológica. A
região está localizada no Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas
Gerais.
Pertencente à família Dipsadidae, o réptil mede
aproximadamente 30 centímetros de comprimento, possui cauda curta e
coloração avermelhada, com estrias escuras. De acordo com os
pesquisadores, a espécie não oferece risco à saúde humana e é endêmica
da região.
Apesar de a descoberta ter sido oficializada em março de 2013 com a publicação de artigo na revista Papéis Avulsos de Zoologia, do Museu de Zoologia da USP, só foi divulgada agora. O estudo teve apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Os
pesquisadores responsáveis pela descoberta são: Paulo Passos, do Museu
Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Mauro
Teixeira Junior, Renato Recoder, Marco Aurélio de Sena, Francisco Dal
Vechio, José Cassimiro e Miguel Trefaut Rodrigues da Universidade de São
Paulo (USP); Hugo Bonfim e Sonia Mendonça, do Centro Nacional de
Pesquisa e Conservação de Repteis e Anfíbios do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (RAN-ICMBio).
CONSERVAÇÃO
Até o momento, não se sabe qual o grau de ameaça de extinção da nova espécie. Porém, ela já conta com ações de proteção no Plano Nacional de Conservação de Répteis e Anfíbios Ameaçados de Extinção na Serra do Espinhaço, elaborado pelo RAN-ICMBio.
Previsto
para estar concluído em cinco anos, esse documento prevê a
implementação de ações que reduzam ameaças às espécies, o aumento de
conhecimento sobre elas e a conservação de habitats.
A Atractus spinalis
se soma às 1.815 espécies de répteis e anfíbios identificados no
Brasil, listadas pela Sociedade Brasileira de Herpetologia, mas os
pesquisadores acreditam que existem muitas outras que ainda não foram
descobertas.
"Nosso conhecimento sobre a diversidade brasileira
ainda é pequeno, principalmente quando migramos para áreas de difícil
acesso, como é o caso da Serra do Espinhaço. Por isso, investir em
pesquisa científica é indispensável para a descoberta de novas espécies e
também para identificar as ameaças às já descritas", disse o biólogo
Hugo Bonfim.
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